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Juiz afastado diz que PF falhou na busca de provas para acusações

O advogado Adriano Vanni, que defende o juiz federal afastado Casem Mazloum, disse que seu cliente, ao ser interrogado ontem pela desembargadora Therezinha Cazerta, "demonstrou a contento que não compõe qualquer tipo de quadrilha".

O advogado Adriano Vanni, que defende o juiz federal afastado Casem Mazloum, disse que seu cliente, ao ser interrogado ontem pela desembargadora Therezinha Cazerta, “demonstrou a contento que não compõe qualquer tipo de quadrilha”.

Mazloum, um dos 12 réus no processo em que são acusados de formar uma quadrilha para a venda de sentenças judiciais, chegou ao Tribunal Regional Federal às 8h e evitou a imprensa, saindo pela garagem. Seu interrogatório demorou três horas.

Ao ser interrogado, Mazloum negou que tivesse recebido favores da suposta quadrilha.

O juiz alegou que se a Polícia Federal tivesse checado antes os diálogos das gravações grampeadas, as acusações contra ele seriam reduzidas à metade.

Sobre as passagens aéreas para familiares viajarem ao Líbano, que teriam sido concedidas pelo agente federal César Herman Rodriguez, Mazloum alegou que apenas fora beneficiado com a transformação de passagens de classe econômica em executiva.

Mazloum confirmou que sentenças suas foram encontradas no escritório do empresário Wagner Rocha, mas que ali havia também acórdãos de ministros do STJ (Superior Tribunal de Justiça).

O magistrado questionou as razões de a PF não ter gravado imagens de juízes entrando nesse escritório ou no de Affonso Passarelli Filho, apontados como bases da suposta quadrilha. Se eram locais importantes, indagou, por que não há imagens desses locais?

Passarelli Filho, também interrogado, disse que não integra nenhuma quadrilha e que não vai ao seu escritório desde 1999 por sofrer de síndrome de pânico.

Sobre o telefonema gravado pela PF em que manda uma pessoa chamada Reizinho retirar documentos no escritório, frase que pode ser interpretada como uma ordem para destruir supostas provas, contou que sua preocupação eram documentos de pessoas estranhas ao escritório.

Os documentos de João Carlos da Rocha Mattos encontrados em seu escritório, segundo Passarelli, estavam lá porque o juiz vendeu um flat a ele.

Ele confirmou que o subprocurador-geral Antonio Augusto César havia alugado salas no conjunto que mantém na na zona sul de São Paulo, mas nunca pagou o aluguel acertado.

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