O empresário e ex-policial, João Arcanjo Ribeiro, o comendador, e a sua mulher Silvia Chirata foram condenados por operar instituição financeira sem autorização do Banco Central, formação de organização criminosa, manter depósito no exterior sem conhecimento de autoridades brasileiras e lavagem de dinheiro.
Arcanjo foi condenado a 37 anos de prisão e Silvia Chirata a 25 anos, em regime fechado. O casal está preso no Uruguai.
A decisão é do juiz federal de Mato Grosso, Julier Sebastião da Silva, que também condenou outros cinco réus no processo — Luiz Alberto Dondo Gonçalves, Nilson Roberto Teixeira, Adolfo Oscar Olivero Sesini, Davi Estevanovick de Souza Bertoldi e Edson Marques de Freitas. Ainda cabe recurso.
O juiz decretou a perda de bens, dinheiro, ações, avião, imóveis, carros e jóias avaliados em cerca de meio bilhão de dólares. Julier determinou também o repatriamento US$ 16 milhões de Arcanjo, Silvia Chirata, Dondo e Teixeira — valores que estão em contas no exterior. “Esta é a maior perda de bens já decretada em favor da União pela Justiça no País”, afirmou Julier.
O único réu que teve a pena substituída por prestação de serviços à comunidade foi Freitas por ter colaborado com a Justiça.