O Japão deve revisar a lei imperial de 1948 no próximo ano para permitir que uma mulher tenha o direito de reinar como imperatriz, informou um parlamentar na imprensa local.
“Estudamos a aceitação do reinado de uma imperatriz em nosso documento final. Isto, possivelmente, será feito no próximo ano”, declarou ao jornal japonês Sankei Shimbun o parlamentar Taro Nakayama, à frente de um grupo de estudo sobre os assuntos vinculados à Constituição.
“Como em sua história o Japão conheceu o reinado de oito imperatrizes, o acesso ao trono de uma nova imperatriz não deverá parecer estranho”, explicou Nakayama ao jornal conservador.
Segundo a atual lei, somente um herdeiro homem pode ter acesso ao trono. Mas a família imperial só tem filhas, o que poderia significar a extinção em pouco tempo da monarquia mais antiga do mundo.
O debate sobre a necessidade de revisar ou não a lei imperial foi reativado com o nascimento da princesa Aiko em dezembro de 2001, filha do príncipe herdeiro Nahurito, de 43 anos, e sua esposa, a princesa Masako.
Pela lei em vigor, Aiko não pode suceder a seu pai.
Por outro lado, o único irmão de Naruhito, o príncipe Akishino, nascido em 1965, só teve duas filhas com sua esposa, a princesa Kiko.
A última imperatriz, Go-Sakuramachi, reinou de 1762 até 1771.