A 34ª Vara Cível de São Paulo homologou, em dezembro do ano passado, acordo entre os jornalistas Nirlando Beirão e Carlos Alberto Sardenberg — representado pelo advogado Erasmo Valladão França.
Beirão criticou a participação de Sardenberg no programa Roda Viva em que o então candidato à Presidência, José Serra, foi entrevistado. Segundo ele, o colega “além de ser, por coincidência, um tucano de carteirinha, supera o desafio de estar à direita de Ariel Sharon”. A declaração foi feita em março de 2002.
A retratação já foi feita na revista Carta Capital em outubro do ano passado. Beirão disse que cometeu “injustiça” com Sardenberg.
“Na verdade, foi um excesso que jornalistas experientes não devem cometer. Num desvio lamentável, atribuí a Sardenberg comportamento antiético e antiprofissional que absolutamente não lhe cabe.
Atribui também opiniões ofensivas das quais ele, reconhecidamente, não partilha. Conheço Sardenberg há muitos anos, já trabalhamos juntos e sei que ele é um jornalista idôneo, sério, isento, independente e de alta competência”, afirmou o jornalista de Carta Capital. O caso foi encerrado também na área criminal.
Nos próximos meses, a Justiça paulista deve julgar processo movido pelo promotor Fernando Capez contra a revista por causa de um artigo. O promotor é representado pelo escritório Paulo Esteves Advogados Associados.
Das revistas semanais, Carta Capital é a que tem o menor número de processos na Justiça.