Pelo menos 13 soldados americanos enviados ao Iraque compareceram ante uma corte marcial desde que terminou a guerra, em maio passado, acusados de embriaguez, roubos, maus-tratos ou tentativa de deserção, segundo uma lista do exército obtida pela agência de notícias France Presse.
Sete deles foram excluídos do exército, e os outros foram condenados a penas de prisão de dois a seis meses.
Muitos outros casos estão sendo investigados atualmente, mas ainda não chegaram à etapa em que o comandante das tropas norte-americanas no Iraque, o general Ricardo Sánchez, decide convocar a corte marcial, explicou a advogada militar Jennifer Santiago.
Na semana passada, o exército americano anunciou uma investigação sobre casos de maus-tratos em um centro de prisioneiros iraquianos, aparentemente a prisão de Abu Gharib, a oeste de Bagdá.
Esta investigação ocupa o primeiro lugar da lista, segundo a capitã Santiago, esclarecendo que tinham sido assinalados poucos casos de maus- tratos contra os prisioneiros iraquianos.
Embora não tenha dado números, a militar assinalou que as acusações vão desde a “privação de alimentos” até a “agressão física”.
Mas muitos dos processos estão vinculados “às bebidas alcoólicas, sexo, insolência, desobediência ou agressões” no exército americano.
Desde o dia 1º de maio, quando o presidente americano George W. Bush anunciou o fim das principais operações de combate no Iraque, pelo menos quatro soldados e um suboficial foram excluídos do exército por agressão, segundo a lista obtida pela agência de notícias France Presse.
Três deles estavam envolvidos em ataques contra seus colegas ou seus superiores. Outros militares foram acusados de roubo, tentativa de deserção ou escapadas sexuais.
Dois suboficiais foram condenados a penas de prisão e a pagar multas por terem roubado computadores.
Outro compareceu a uma corte marcial por “conduta indecente”, segundo a capitã Santiago, que, contudo, assinalou que nenhum dos casos apresentados ante uma corte marcial até agora esteve relacionado com prostituição.