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Herdeiro não responde por dívida tributária quando contribuinte morre antes da citação

TJ manteve sentença que negou redirecionamento de execução fiscal

Da análise do agravo interno, o desembargador relator lembrou que, em decisões passadas, adotava entendimento defendido pelo município, no sentido de ser possível o redirecionamento da execução contra o sucessor legal do contribuinte já falecido ao tempo da propositura da ação, permitida a substituição do sujeito passivo da obrigação tributária na Certidão de Dívida Ativa (art. 2º, § 8º, da Lei de Execuções Fiscais – LEF e o art. 203, do Código Tributário Nacional). Mas observou que “a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça tornou-se sedimentada e pacífica, com base na cláusula final de sua Súmula 392 e do Tema 166 (“vedada a modificação do sujeito passivo da execução”), no sentido da impossibilidade de redirecionar a execução fiscal ao espólio ou aos sucessores do executado falecido antes de sua citação”.

No voto, o relator elencou uma série de decisões do STJ e da Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça de Santa Catarina. “É irrelevante que a execução fiscal se refira a IPTU ou a qualquer outro tributo ou crédito da Fazenda Pública. Deve-se aplicar indistintamente o posicionamento jurisprudencial sedimentado no Superior Tribunal de Justiça e nesta Corte de Justiça a todas as execuções fiscais.”, acrescentou relator. O entendimento foi seguido por unanimidade pela 3ª Câmara de Direito Público do TJSC, no sentido de negar o recurso movido pelo município e manter a sentença que extinguiu a execução fiscal (0906989-78.2016.8.24.0038).

“Execução fiscal” e “execução civil” divergem quanto ao tema

Ao contrário do entendimento abordado acima, na seara cível a jurisprudência permite o redirecionamento do processo de execução à sucessores ou ao espólio, mesmo em caso do devedor ter falecido antes da citação, conforme já demonstrado nesta página.

Notícia publicada em 13 de março trouxe decisão da 4ª Câmara de Direito Comercial que manteve execução movida por instituição financeira contra homem, por conta de empréstimo celebrado entre o falecido pai cooperativa de crédito.

Na oportunidade, o réu defendeu que o genitor nem sequer havia sido citado, pois já havia morrido na época da propositura da ação, o que impossibilitaria o redirecionamento da execução. A tese afastada pelo colegiado.

TJSC

Foto: divulgação da Web

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