A Suprema Corte de Israel deve examinar hoje dois recursos apresentados por organizações de defesa dos direitos humanos contra a construção do “muro de proteção” por parte de Israel na Cisjordânia, informou o Ministério da Justiça.
A audiência se realiza duas semanas antes da primeira apreciação deste caso pelo Tribunal Penal Internacional (TPI), em Haia (Holanda).
O TPI foi requerido pela Assembléia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas), que no dia 8 de dezembro do ano passado aprovou uma resolução pedindo-lhe que se pronuncie sobre as conseqüências jurídicas da construção do “muro de proteção”, condenado pela ONU.
Segundo a rádio militar, os recursos ante a Suprema Corte constituem um “ensaio geral” antes da audiência do TPI que permitirá “provar” os argumentos jurídicos do governo.
Os recursos de apelação apresentados pelo Centro de Defesa do Indivíduo e pela Associação pelos Direitos Cívicos em Israel se referem ao traçado o muro, que penetra profundamente na Cisjordânia para rodear as principais colônias israelenses.
Dezenas de cidades palestinas e subúrbios de Jerusalém Oriental serão cercados pelo “muro de proteção”, que isolará cerca de 350 mil palestinos, segundo informe da ONU.