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Censo busca identificar se juízas têm tratamento diferenciado na função

Juízas, desembargadoras, conselheiras e ministras em atividade que preencherem o Censo Nacional do Poder Judiciário fornecerão seis respostas específicas ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ), órgão responsável pela elaboração do questionário. O objetivo é descobrir se as magistradas já vivenciaram situações de preconceito, ou em que medida se sentiram vítimas de discriminação durante sua atividade profissional.

Inspirado em pesquisa similar elaborada por um centro espanhol, o Departamento de Pesquisas Judiciárias (DPJ) do CNJ buscou investigar se as situações vivenciadas pelas magistradas são diversas daquelas vividas por seus colegas homens, em razão de sua condição de mulher.

Segundo a diretora-executiva do DPJ, Janaína Penalva, as mulheres, comparativamente, ganham menos que os homens e estão em menor número nas posições de comando. “Além disso, temos um histórico de baixo número de juízas, pois o Poder Judiciário sempre foi um espaço majoritariamente masculino. Isso está mudando, e essa mudança vai exigir novas políticas. O censo serve para nortear essas políticas, visando permitir às mulheres condições adequadas de trabalho.”

Entre as perguntas incluídas no questionário para as juízas, estão: se, no exercício da magistratura, já vivenciou alguma reação negativa por parte dos jurisdicionados ou de outros profissionais do sistema de Justiça; quais as dificuldades no exercício da magistratura e em que medida a vida pessoal é afetada; e as dificuldades encontradas nos processos de remoção e promoção.

No ar desde agosto, o Censo Nacional já ouviu, além dos juízes, 173 mil servidores da Justiça. O censo pretende conhecer e sistematizar o perfil das pessoas que trabalham na Justiça brasileira, e saber a opinião delas em relação ao trabalho que desenvolvem nos tribunais. Os magistrados têm mais dois dias para responder ao questionário, que está disponível no portal do CNJ desde o dia 4/11. O questionário já foi preenchido por 53% dos magistrados, totalizando 9 mil pessoas. Ainda faltam 7 mil respondentes.

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